Míldio-da-alface

Bremia lactucae

Descrição: Bremia lactucae Regel pertence ao Reino Chromista, mas, é estudado entre os fungos, pela sua importância fitopatogênica.
O míldio é uma das doenças mais importantes da alface, causando grandes perdas sob condições favoráveis ao desenvolvimento do patógeno.
Esta doença produz manchas foliares amareladas que podem ocupar grandes áreas na lâmina foliar.
Bremia lactucae ocorre praticamente em todo o Brasil, mas os sintomas são mais severos nas regiões mais frias e úmidas.
É quase exclusivamente um patógeno das asteráceas, com apenas um registro de incidência em tomateiro no México.

Sintomas: FOLHAS: Manchas verde-amareladas, delimitadas pelas nervuras, que evoluem até ocuparem grandes áreas na lâmina foliar; na superfície abaxial, apresenta aspecto aveludado devido às massas de "conídios" formados em conidióforos muito ramificados. CAULE: Descoloração dos tecidos internos, como conseqüência do ataque sistêmico do patógeno.

Bioecologia: O patógeno sobrevive na forma de oósporos sobre os restos de cultura da colheita anterior que ficaram no solo; também pode sobreviver nas sementes infectadas.
A disseminação a longa distância ocorre através das sementes e mudas infectadas, procedentes de sementeiras com baixo rigor no controle de doenças. Dentro do campo, a doença se dissemina através do solo contaminado, correntes da água da chuva ou da irrigação que carregam os oósporos e pelo vento.
Umidade relativa do ar alta, água livre sobre as folhas, solos mal drenados e temperaturas baixas são condições que favorecem o desenvolvimento da doença.

Controle: Existem algumas variedades com certa resistência ao patógeno e adaptadas às condições de estresse ambiental.
Para um controle adequado, deve-se adotar medidas culturais, que começando com a eleição de sementes limpas e livres do patógeno; irrigar apenas o necessário, de preferência utilizar a irrigação por gotejamento para evitar a presença de água livre sobre as folhas, se for usada a irrigação por aspersão, deve ser feita nas primeiras horas da manhã; evitar as plantações muito adensadas que facilitam o arejamento das plantas; manter boa ventilação nas culturas protegidas; realizar rotação de culturas com cultivos não-hospedeiros pelo menos durante dois anos; retirar do campo os restos de plantas infectados, os quais devem ser queimados ou enterrados.
Realizar pulverizações com fungicidas protetores preventivos.