Podridão de Ascochyta

Phoma exígua var. exígua

Descrição: Doença comum principalmente no período mais fresco do ano, quando pode destruir toda uma plantação, a partir do estádio de frutificação.

Distribuição: Este patógeno tem maior importância em regiões frias e úmidas; encontra-se distribuído no Continente Americano, Europa Ocidental, leste da África e Austrália. No Brasil, na cultura da berinjela, tem sido observado com frequência nas plantações localizadas no estado de São Paulo, principalmente nos períodos mais frescos do ano.

Sintomatologia: O fungo pode infectar qualquer órgão da planta, entretanto ocorre com maior incidência nas hastes.
HASTE: O fungo provoca a formação de manchas marrons a negras, que posteriormente circundam o caule, causando murcha e seca da parte acima da infecção. No interior das lesões observam-se vários pontos escuros, que correspondem aos picnídios do fungo. Quando a doença afeta a região do colo, toda a planta pode murchar e secar.
FRUTOS: A infecção geralmente ocorre na região peduncular, próximo às sépalas, causando necrose, enrugamento e seca do fruto.
FOLHAS: Observa-se a formação de manchas necróticas, às vezes, com presença de círculos concêntricos. Seus sintomas podem ser confundidos com os geralmente causados por Alternaria.

Características do fungo: Picnídio imerso, esférico a subgloboso ou deprimido, amarelo cor de mel, 60-220 µm de diâmetro, parede com até 3 células de espessura, pseudoparenquimatosa, mais escura perto do ostíolo circular, ligeiramente protundente com 10-20 µm de diâmetro até 60 µm. Célula conidiogênica hialina, unicelular, fiálide cilíndrica ou globosa, 9 x 4-7 µm. Conídio reto a levemente recurvado em uma das pontas, hialino, com 1 septo e ápice arredondado ou achatado, base arredondada ou truncada, 13-16.5 x 3,5-5 µm.

Práticas culturais: O produtor deve utilizar sementes sadias, de boa qualidade e quimicamente tratadas com fungicidas apropriados. Recomenda-se também o aumento do espaço de semeadura na linha e nas entrelinhas, a destruição dos restos culturais e a eliminação das plantas doentes presentes na plantação e rotação com gramíneas.

Controle químico: Tratamento foliar com os fungicidas à base de Benomyl, Carbendazin e Clorotalonil pode auxiliar na redução da pressão do patógeno no campo e das perdas nos rendimentos.

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