Callisto

Fabricante
SYNGENTA
Categoria
Herbicidas
Registrado até
N/A
Número de registo
1004
Materiais ativos

INSTRUÇÕES DE USO


CALLISTO é um herbicida seletivo, de ação sistêmica, indicado para o controle pós-emergente das plantas infestantes, na cultura do milho e da cana-de-açúcar.
Na cultura do milho, é indicado nos cultivos de variedades e híbridos comerciais, no sistema de plantio convencional e no sistema de plantio direto.
Na cultura da cana-de-açúcar, é indicado em aplicações nas modalidades de cana-planta e cana-soca, nos sistemas de colheita de cana com queima do canavial e de colheita mecanizada sem queima do canavial (conhecido também como colheita de cana-crua).
Contendo o ingrediente ativo mesotriona na sua formulação, caracteriza-se pelo seu amplo espectro de controle das plantas infestantes anuais de folhas largas e do capim-colchão ou milhã, que ocorrem na cultura do milho, controlando também a corda-de-viola e o capim-colchão que ocorrem na cultura da cana-de-açúcar.

MODO DE AÇÃO
A mesotriona foi descoberta durante estudo para identificação dos compostos alelopáticos produzidos pela planta escova-de-garrafa (Callistemon citrinus). Do composto natural (leptospermone) foram produzidos análogos, dos quais resultou a molécula da mesotriona, com atividade 100 vezes maior. A mesotriona (fórmula molecular C14H13NO7S) pertence ao grupo químico das tricetonas e atua sobre as plantas infestantes, inibindo a biossíntese de carotenóides, através da interferência na atividade da enzima HPPD (4-hidroxifenil-piruvato-dioxigenase) nos cloroplastos – classificação nos grupo F2 (HRAC) e 28 (WSSA). Os sintomas envolvem branqueamento das plantas infestantes sensíveis com posterior necrose e morte dos tecidos vegetais, em cerca de 1 a 2 semanas. O milho e a cana-de-açúcar são tolerantes à mesotriona, devido à sua capacidade de metabolizar rapidamente o herbicida, produzindo metabólitos sem atividade herbicida, o que não ocorre nas plantas infestantes sensíveis. A mesotriona é absorvida tanto pelas raízes quanto pelas folhas e ramos, sendo uma molécula bastante móvel na planta - translocação apossimplástica.

PLANTAS INFESTANTES E DOSES
CALLISTO é recomendado para aplicação, no controle pós-emergente das plantas infestantes de folhas largas e de algumas folhas estreitas.

INÍCIO DA APLICAÇÃO
O momento da aplicação ocorre após a emergência das plantas infestantes na lavoura, quando se recomenda realizar o levantamento florístico para identificar as principais espécies que ocorrem na área a ser tratada bem como seus respectivos estádios de desenvolvimento.
Com base neste levantamento, o usuário poderá definir a melhor dose do produto a ser aplicada, assim como o momento da aplicação, de modo a assegurar o pleno controle do mais amplo espectro de plantas infestantes presentes na lavoura.

NÚMERO DE APLICAÇÕES
Desde que aplicado nas condições adequadas e com a observância dos parâmetros recomendados, normalmente, uma aplicação do herbicida é suficiente para atender às necessidades da cultura.

ÉPOCA DE APLICAÇÃO
O CALLISTO é aplicado normalmente 2 a 3 semanas após a germinação do milho, na pós-emergência das plantas infestantes, para garantir o pleno controle, antes que as plantas infestantes venham a estabelecer a competição maléfica ao desenvolvimento cultural com prejuízos na produtividade final. No caso da cana-de-açúcar, CALLISTO é aplicado em pós-emergência da cultura, após o rebrote da soqueira (caso de cana-soca) ou após a brotação dos toletes (caso de cana-planta), estando a cana com até 8 folhas.

MODO DE APLICAÇÃO
CALLISTO deve ser aplicado na forma de pulverização, através de tratamento em área total, com a utilização de pulverizadores terrestres convencionais (costal ou tratorizado) nas culturas de milho e cana-de-açúcar ou aéreos (exclusivamente na cultura da cana-de-açúcar), com a utilização de aviões agrícolas ou helicópteros, neste caso, devendo ser observados os parâmetros normais para este tipo de aplicação.
Aplicação Terrestre
CALLISTO deve ser aplicado com auxílio de pulverizadores costais, manual ou pressurizado e pulverizadores tratorizados com barras, adaptados com bicos leque do tipo Teejet 80.02, 80.03, 80.04, 110.02, 110.03 ou 110.04 ou similares, operando a uma pressão de 30 a 50 libras por polegada quadrada.
O volume de calda recomendado na pulverização normalmente varia de 100 a 300 litros por hectare.
Nas regiões sujeitas a ventos, as aplicações poderão ser feitas com uso de bicos antideriva do tipo Full Jet, como FL 5; FL6,5; FL8 e bombas operando-se a pressão de 20-25 libras por polegada quadrada e volumes de 200 a 300 litros/ha.
CALLISTO apresenta atividade herbicida sobre uma gama diversa de plantas. Por essa razão, tomar cuidados especiais com ventos para não ocorrer deriva do produto. Usar bicos antideriva e não pulverizar com vento forte.
Em casos de dúvidas ou na necessidade de esclarecimentos adicionais ou específicos quanto à utilização do produto, contatar o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da SYNGENTA PROTEÇÃO DE CULTIVOS LTDA.
Aplicação Aérea
Nas áreas extensivas de cana-de-açúcar, CALLISTO poderá ser aplicado também através de pulverização aérea, com o uso de aeronaves, observando-se os parâmetros indicados para cada tipo de aeronave.
Parâmetros para a aeronave:
- Bicos: 80.10, 80.15, 80.20
- Volume de calda: 30 a 50 L/ha
- Altura do vôo: 3 a 4 m
- Temperatura ambiente: até 27º C
- Umidade Relativa do Ar: mínimo de 60%
- Velocidade do vento: máxima de 10 km/hora
- Faixa de aplicação: 15 m
- Diâmetro das gotas: maiores que 400 micrômetros
- Bicos: cônico cheio da série “D”, com difusor 56, bico de jato plano da série 65 ou 80 ou CP
- Nozzles, utilizando uma pressão entre 15 a 30 psi.
Observação: Realizar calibração de pressão e vazão e velocidade, para escolha do bico e furo corretos para a aplicação.

FATORES RELACIONADOS COM A APLICAÇÃO NA PÓS-EMERGÊNCIA
Plantas infestantes e o seu estádio de controle: para assegurar o controle total das plantas infestantes com o CALLISTO, deve-se observar atentamente as espécies indicadas e os respectivos estádios de desenvolvimento indicados na tabela "Instruções de Uso".
As plantas infestantes mencionadas demonstram maior sensibilidade ao produto no estádio inicial de desenvolvimento estando com 2 a 4 folhas.
O efeito do produto sobre as plantas infestantes se manifesta de 3 a 5 dias após a aplicação, com o branqueamento do meristema apical e folhas mais jovens, que se tornam, posteriormente, necróticas.
Adjuvantes/Espalhantes-Adesivos: A adição de espalhantes ou adjuvantes à calda de pulverização é fundamental para o efeito pós-emergente do produto, imprimindo melhor controle das plantas infestantes. Recomenda-se óleo mineral na concentração de 0,5% volume/volume.
Influências de Fatores Ambientais na Aplicação:
- Umidade do solo: Aplicar o CALLISTO quando o solo tiver umidade suficiente para o bom desenvolvimento das plantas. Não aplicar o produto com o solo seco, principalmente se ocorreu um período de estiagem prolongado que predispõe as plantas infestantes ao estado de estresse por deficiência hídrica, pois tal condição irá comprometer a eficiência de controle com o herbicida.
- Condições atmosféricas: As aplicações devem ser feitas com umidade relativa acima de 60% e temperaturas em torno de 25 – 30o C. As aplicações matinais, até as 10:00 horas, e à tarde, após as 15:00/16:00 horas, são as mais propícias para aplicação do produto, devido à melhor condição para absorção pelas plantas.
Orvalho/Chuvas: Evitar aplicações sobre plantas excessivamente molhadas pela ação de chuvas ou orvalho muito intenso.
Ventos: Não aplicar com vento superior a 10 km/hora.
Ocorrência de chuvas: A incidência de chuvas, logo após a aplicação, interfere negativamente na eficiência de controle, por acarretar a lavagem do produto. É necessário um período aproximado de 2 a 3 horas sem chuvas, após a aplicação, para que o herbicida seja absorvido pelas plantas infestantes. 

PREPARO DA CALDA
O produto, na quantidade pré-determinada, poderá ser despejado diretamente no tanque do pulverizador, com pelo menos 1/4 de volume cheio e o sistema de agitação ligado. Em seguida, completar o tanque.
Procedimentos para adição de adjuvantes, no preparo da calda: O óleo mineral é adicionado como último componente à calda de pulverização, com o tanque quase cheio, mantendo-se a agitação.

INTERVALO DE SEGURANÇA
Milho: 60 dias
Cana de açúcar: 30 dias

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.

LIMITAÇÕES DE USO
CALLISTO não deve ser aplicado nas condições de solos secos ou nas condições de persistência de estiagens prolongadas com as plantas infestantes no estado de estresse por deficiência hídrica.
- Não aplicar o produto nos dias chuvosos, pois para o pleno funcionamento é necessário um período aproximado de 2 a 3 horas sem chuvas ou irrigação após a pulverização;
- Não aplicar CALLISTO sobre plantas infestantes fora do estádio recomendado.
- O uso de inseticidas ou nematicidas fosforados e carbamatos pode aumentar o sintoma de fitotoxicidade de CALLISTO sobre o milho e a cana-de-açúcar. Aplicar esses inseticidas e/ou nematicidas 7 dias antes ou após a aplicação de CALLISTO, na cultura do milho ou na cultura da cana-de-açúcar.
- Não aplicar CALLISTO sobre variedades ou híbridos especiais para milho pipoca e milho doce.
- Após o uso de CALLISTO na cultura do milho ou da cana-de-açúcar, não plantar outra cultura na mesma área, dentro do período de 4 meses. Em caso de perda da cultura do milho ou da cana-de-açúcar, o replantio de milho ou de cana-de-açúcar poderá ser feito imediatamente após a aplicação do CALLISTO.

TOLERÂNCIA DA CULTURA / SELETIVIDADE
Dentro das doses recomendadas e nas condições indicadas para aplicação, o CALLISTO se mostra bastante seguro para os híbridos de milho* e para as variedades de cana-de-açúcar no sistema de tratamento pós-emergente (da cultura e das plantas infestantes), através de pulverização em área total. Entretanto, pode ocorrer, na cultura do milho, um branqueamento inicial das folhas e uma pequena redução inicial de crescimento, mas a cultura retoma seu desenvolvimento normal em 2 a 3 semanas e não há efeitos negativos à produtividade. As plantas de milho são mais sensíveis no estádio de 2 a 3 folhas e se tornam mais tolerantes após.
*Na cultura do milho, antes de aplicar, consulte a "Lista de Híbridos e Variedades Recomendadas para o tratamento com Callisto" que se encontra junto à embalagem ou com os distribuidores do produto. Consultar um engenheiro agrônomo.

INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA
O uso continuado de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação pode contribuir para o aumento de população de plantas infestantes a ele resistentes. Como prática de manejo de resistência de plantas infestantes deverão ser aplicados herbicidas, com diferentes mecanismos de ação, devidamente registrados para a cultura. Não havendo produtos alternativos recomenda-se a rotação de culturas que possibilite o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Para maiores esclarecimentos consulte um Engenheiro Agrônomo.

 

Registado para culturasTaxaIntervalo de segurança
Milho0.3 - 0.4 l60
Cana-de-açúcar0.25 - 0.3 l30