Gorga

Spergula arvensis

Espécie herbácea anual que se desenvolve nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil, onde foi introduzida para atender à atividade de produção de alimentos para animais de grande e pequeno portes. Escapou dos cultivos, passando a ocupar áreas destinadas a lavouras e áreas olerícolas. Aparece com frequência na cultura da beterraba. Indicadora de acidez dos solos. Hospedeira do tripes Frankliniella schultzei, vetor do vírus do vira-cabeça-do-tomateiro.
Apresenta caule cilíndrico e oco, com superfície esparsamente pilosa, provido de entrenós longos, ramificação radial na base e dicotômica na porção superior da planta. Folhas simples, numerosas, dispostas em verticílio e desprovidas de pecíolos. Limbo carnoso em formato quase roliço, sendo a face superior arredondada e a inferior achatada. Inflorescência axilar e terminal em longos eixos do tipo dicásio, típico ou pouco modificado. Flores pedunculadas, cálice com 5 sépalas soldadas na base e persistente no fruto, corola com 5 pétalas livres, de coloração branca, androceu com filetes filiformes e gineceu com estiletes livres. Fruto seco do tipo capsular. A planta pode ser identificada em campo pela filotaxia verticilada e pelo número e superfície arredondada das folhas. Propagação por meio de sementes.
Planta invasora bastante espalhada pela região Sul, infestando pricipalmente culturas de inverno como trigo, aveias e cevada. Muito freqüente em jardins e hortas. Devido ao grande número de sementes produzidas e alta taxa de germinação, forma verdadeiros tapetes de pequenas plantas, que não chegam a se desenvolver completamente em virtude da competição intraespecífica. Tem valor forrageiro.

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