Podridão negra da videira

Guignardia bidwellii

Descrição: O Black Rot ou "podridão negra", como também é conhecida, é uma doença específica da vinha, originária da América do Norte e
conhecida na Europa desde os finais do séc. XIX. Ataca todos os órgãos verdes da videira em fase de crescimento ativo e é causada pelo fungo Guignardia bidwellii
(Ellis) Viala e Ravaz. A doença é favorecida por temperatura e humidade relativa elevadas, considerando-se o ótimo acima de 25C e 90% HR.

Danos: Este patogéneo ataca todos os órgãos da videira em fase de crescimento activo originando estragos em folhas, pecíolos e pâmpanos, mas os maiores prejuízos resultam do ataque aos cachos e são não só de natureza quantitativa mas, também, afecta a qualidade dos vinhos.

Controle: Mesmo quando os prejuízos não são significativos devem ser tomadas medidas profilácticas de redução do inoculo para o próximo ano, de modo a atenuar a gravidade do problema fitossanitário, como por exemplo, no Inverno retirar e queimar varas atacada s e cachos mumificados, enterrar bagos mumificados presentes no solo, e arrancar vinhas abandonadas que constituem uma fonte de inoculo para vinhas próximas.
A protecção fitossanitária da cultura no combate à podridão negra “black rot” não é específica, uma vez que a época dos tratamentos para combate a esta doença é coincidente, com a época de maior susceptibilidade ao míldio e ao oídio, ou seja da pré-floração até ao fecho dos cachos e muitos dos fungicidas homologados para o combate à escoriose, míldio e oídio são igualmente eficazes no combate ao “black rot”. Assim, a protecção das folhas (da saída das folhas à floração), poderá ser efectuada com fungicidas homologados para a escoriose ou míldio e a protecção dos cachos (da floração ao fecho dos cachos), com fungicidas antioídio, desde que a escolha incida em fungicidas com acção simultânea sobre “black rot”.
Os grupos de fungicidas conhecidos como tendo acção sobre o “black rot” são os ditiocarbamatos contendo mancozebe, manebe, Metirame e propinebe, os triazóis contendo fenebuconazol, miclobutanil, penconazol, tebuconazol e tetraconazol e os QoI à base de azoxistrobina, cresoxime-metilo, piraclostrobina e trifloxistrobina. Por outro lado, os produtos fitofarmacêuticos contendo apenas enxofre, meptildinocape, cobre e folpete, não são eficazes no controlo do “black rot”.

Produtos fitofarmacêuticos