Vassoura-de-bruxa

Crinipellis perniciosa

Descrição: A vassoura-de-bruxa é uma praga natural da Região Amazônica, sendo considerada uma das mais ameaçadoras do cacaueiro.
Quando não se adotam medidas de controle no aparecimento, a praga progride rapidamente através do vento e da água, comprometendo completamente a produção.

Sintomas: Nos lançamentos, causa inchação, super-brotamento e morte. As folhas geralmente são grandes e retorcidas. Nas almofadas florais ocorre agrupamento de flores grandes e compridas. Também podem desenvolver vassouras vegetais, cujos ramos emitem flores. Nos frutos novos produz sintomas diversos como frutos “morango” e “cenoura”. Os frutos menores tornam-se inchados e deformados com amadurecimento precoce. Os frutos maiores apresentam mancha dura. Nas partes doentes e apodrecidas aparecem os basidiocarpos ou cogumelos.

Contaminação e controle: A vassoura-de-bruxa continua sendo um sério problema para agricultores e pesquisadores, que têm buscado um meio de combater a praga. Uma das formas de controle é enxertar mudas de plantas resistentes à vassoura-de-bruxa em plantas sensíveis à doença. Para isso, aproveita-se a raiz da planta doente, que é unida por uma fita ao caule da planta resistente, formando, assim, uma nova planta sadia.
Essa e outras técnicas, no entanto, têm um custo elevado e nem sempre apresentam bons resultados. Por isso, é muito importante controlar a vassoura-de-bruxa enquanto ela está no início, já que praga se espalha rapidamente através do vento e da água.
A contaminação se dá quando os esporos, fase reprodutiva do fungo, se fixam na superfície dos ramos ou frutos em crescimento. Em seguida, eles lançam filamentos chamados hifas que penetram as células do vegetal. Inicialmente, os fungos vivem uma fase em que ficam como se estivessem dormentes e quase não se multiplicam.
Enquanto isso, na tentativa de salvar o ramo infectado, a planta começa a enviar mais nutrientes e hormônios de crescimento para essa região. Isso provoca um crescimento anormal das folhas e, um mês depois da infecção, forma-se a chamada vassoura verde, como é conhecida a etapa inicial da doença.
Num determinado momento, a planta parece se dar conta de que o ramo está perdido e tenta recuperar para as suas partes sadias os nutrientes acumulados na parte doente. Mas é tarde demais. O fungo realiza o contra-ataque, acelerando a morte da vassoura verde. Com o ressecamento do ramo, agora transformado em vassoura-de-bruxa, a planta não consegue resgatar os nutrientes a tempo.
O fungo tem, então, tudo o que precisa para crescer e se multiplicar: um ramo morto e cheio de substâncias nutritivas. Mas ainda prefere esperar a ocasião certa para desabrochar na forma de cogumelos cor-de-rosa: uma sucessão alternada de dias chuvosos e ensolarados, época em que também estão crescendo novos pés de cacau. Afinal, os esporos, depois que deixam os cogumelos, têm pouco tempo de vida até encontrarem novos ramos, cerca de apenas três a quatro horas.

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