Pedrado da pereira
Venturia pirina
Descrição: É a principal doença que afecta as macieiras e as pereiras nas condições climatéricas de Portugal, podendo causar graves perdas de produção. O pedrado da pereira assume particular importância em anos chuvosos. Para a que a infecção ocorra e o fungo se desenvolva é necessário um período de pelo menos 10 horas de água sobre a planta e temperaturas entre 17° C e 22° C, são as ideais. Os sintomas, que se caracterizam pelo aparecimento de manchas negras e circulares nas folhas e frutos e, mais raramente, nos ramos, aparecem 12 a 15 dias após a infecção.
Danos: O pedrado ataca todos os órgãos herbáceos da macieira e pereira com uma sintomatologia típica. Nas folhas: Surgem manchas irregulares de aspecto translúcido que vão aumentando e tomam uma cor verde-olivácea de aspecto aveludado. Estas zonas acabam por ficar negras e as folhas podem apresentar-se com deformações. No caso de ataques tardios as manchas são mais pequenas e numerosas cobrindo uma parte importante do limbo, ao longo das nervuras, acabando as folhas por amarelecer e cair. Nas inflorescências: Ocorrem as manchas acima descritas e que causam a sua destruição.
Nos frutos: Estes mostram uma sensibilidade ao pedrado em todas as fases do seu desenvolvimento. Os ataques precoces são responsáveis pela queda prematura dos frutos. Nestes, à superfície,surgem as manchas características do pedrado que acabam por necrosar causando deformações. Essas zonas afectadas, por não acompanharem o desenvolvimento dos tecidos sãos, fendilham de forma irregular e mais ou menos intensa, o que causa a desvalorização das produções. Em alguns casos pode ocorrer mesmo a mumificaçâo dos frutos. Os ataques tardios do pedrado, que ocorrem durante o período de conservação dos frutos, causam manchas mais superficiais e pequenas, de cor negra e debruadas a vermelho. Nos ramos: Estes raramente são atacados.
Controle: A melhor estratégia de controlo da doença é a preventiva, procurando impedir as infecções primárias, que podem ocorrer desde o início da rebentação até depois do vingamento dos frutos.
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