Capim-milhã

Digitaria sanguinalis

Gramínea anual ou perene, entouceirada e que se desenvolve nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, vegetando em áreas ocupadas por lavouras anuais e perenes. Considerando a olericultura, instala-se em cultivos de alho, alface, batata, beterraba, cebola, cenoura e tomate. Ocorre também em pomares de laranja, maçã e pêssego, em cultivos de mamão e em áreas com uva conduzida em sistema de espaldeira. Pode formar densas populações, chegando a dominar a área. Ocasionalmente é aproveitada como forrageira para vacas estabuladas em lactação. Hospedeira de Eurhizococcus brasiliensis, inseto sugador denominado pérola-da-terra, que ataca videiras.
Apresenta colmos cilíndricos a achatados, finos, fistulosos, longamente decumbentes, nós radicantes quando em contato com o solo e que se elevam na parte terminal, podendo alcançar entre 0,25 m a 0,5 m de altura. Folhas com bainha tubulosa envolvendo parcialmente o colmo com bordos superpostos, glabras ou pilosas e com lígula membranácea. Lâmina linear-lanceolada, base provida por um tufo de cílios, ápice agudo e discretamente pilosa em ambas as faces. Inflorescência terminal do tipo panícula em longo eixo, cujo ápice assenta normalmente de 3 a 7 racemos, dispostos em um verticílio, podendo chegar a 2 verticílios na mesma planta. Racemos com eixos finos, tortuosos ou em zigue-zague e que transportam em apenas um dos lados espiguetas subsésseis e ovaladas, dispostas alternadamente. Fruto do tipo cariopse, o qual é a unidade de propagação. Assemelha-se muito com D. ciliaris, que também apresenta inflorescência paniculada verticilada, sendo os eixos dos racemos pouco sinuosos e dorsalmente marcados por uma linha branca visível, acrescentando-se ainda a presença de cílios seriados em ambas as faces das espiguetas, visíveis através de lupa.

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