Tiririca

Cyperus rotundus

Espécie herbácea perene que se desenvolve em todo o País, vegetando em áreas ocupadas com olericultura, a exemplo da alface, beterraba, cebola, cenoura e tomate, entre outras. Ocorre ainda em pomares de laranja e goiaba e em cultivos de cacau, mamão, manga, melão, uva, abacaxi e pêssego. Considerada a mais agressiva das tiriricas. A infestação em campo pode ser inibida por meio do plantio de feijão-deporco, Canavalia ensiformes.
Apresenta caules do tipo bulbo e rizoma longo, com engrossamentos arredondados em determinadas partes da sua extensão. Folhas da base da planta em número de 3 a 5, pouco menores que o eixo da inflorescência, todas lineares. Eixo principal da inflorescência de forma triangular, contendo em seu ápice 3 brácteas, mais longas que os eixos secundários e semelhantes às folhas basais, uma delas destacandose pelo seu comprimento. Brácteas de menor tamanho e filiformes podem aparecer junto aos eixos secundários. Inflorescência do tipo espiga lanceolada, vermelho-ferrugínea, assentada sobre 5 a 6 eixos secundários. Flores aglomeradas nas espigas, não vistosas, desprovidas de perianto, gineceu gamocarpelar com estilete trífido, androceu com 3 estames. Parte dos órgãos reprodutivos pode ser evidenciada em plantas com inflorescências jovens. Fruto do tipo núcula. A observação do porte da planta e também do sistema subterrâneo, onde ocorre um emaranhado de rizomas dotados de pseudotubérculos, e ainda o conjunto de brácteas e espigas permitem determinar a espécie. Propaga-se por meio de sementes, de bulbos e também por meio dos engrossamentos dos rizomas, os quais contêm gemas.
É considerada a mais nociva planta invasora em todo o mundo, devido a sua agressividade, disseminação e dificuldade de controle. O mesmo ocorre no Brasil, onde se encontra em todos os tipos de solos, climas e culturas (exceto arroz irrigado). Além da capacidade competitiva, exerce efeito inibidor (alelopatia) sobre outras plantas.

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